Não é exagero. Você vem e faz tudo parar, você vai e deixa tudo calmo e tranquilo, como uma onda do mar. E eu sou aquela areia ansiosa por quem me pise e me deixe marcas, até estarem fundas o suficiente para eu precisar de água. Você vem, limpa tudo...mas eu te esqueço quando vai, e o ciclo vicioso se inicia novamente.
Eu achei que você iria tão rápido quanto você veio. Suas idas e vindas são constantes, mas não são permanentes. Você foi - você voltou e ficou. E às vezes, por mais vezes que estamos juntos, eu esqueço de te agradecer de me tirar dessa zona de desconforto que eu adoro viver. Esqueço de agradecer pelas bobeiras que você diz. Esqueço das coisas que eu venho aprendendo com você. Esqueço da sua sinceridade, tanto para a crítica quanto para o afeto. Eu esqueço que você esta lá, e de tanto medo de querer te ver, agora tenho medo do dia que você não estiver mais.
Eu tenho o péssimo dom de criar nós. Com você, eu criei um laço. Já amarrei e desamarrei tantas vezes que você não acreditaria. Nós nunca temos nada de ruim para contar um ao outro - por isso, guardo essas coisas pra mim. Até as coisas ruins tornam-se engraçadas ao nosso ver. Passamos por momentos muito legais, lindos e toscos.
Eu te disse: você tem um dom que eu nunca vou me achar no direito de impedir. Eu nunca me acho grande o bastante pra parar algo ou alguém. Tenho o dom de passar despercebida na multidão. E entre as tantas pessoas que eu conheci, uma das últimas que eu sequer ia sonhar que ia me ver era você.
Já faz quatro meses que a vida ficou assim..mais verde. Mais green com seus green eyes. Mais bossa-nova, menos heavy metal.
Eu lembrei que você existe.
Mas isso me lembra também que, uma hora, eu vou ter que esquecer. Porque, no fundo, a gente sabe que o mar vai se afastando cada vez mais do mesmo pedaço de areia. E eu sei que você é um presente de Deus..que me fez sentir o vento que é essa vida, que carrega a gente pra todo lado e nos leva até outros lugares...até outras pessoas.
Johnny, você não viu o final desse filme, porque nada é tão bom quando a gente vê o fim.
Eu tenho lido seus posts aqui. É... é uma quase-geminiana. Parabéns!
ResponderExcluirNão para de escrever. Suga, abraça, engole. Mergulha. Você tem poesia, e é muito bom te ler.