terça-feira, 20 de outubro de 2015

artistas de rua

A bola rola, a fita enrola
O carro gira sobre molas
Não quero esmola, não quero nota
Não precisa fingir que não me olha
Você paga milhões para assistir aos peões
Não precisa pagar nada para me ver
O vidro sobe, a vida corre
Você morre
E eu sigo por aí

Anarquia
Faça-você-mesmo
Todo mundo já foi artista no começo
Esse que você vê através do vidro
Não são desocupados, não são desesperados
São os punks em estado de amor
Pelo ódio
Daqueles que os olham como inferiores
Livres da cadeia de horrores
Da chamada sociedade atual
Que entopem os céus com os gases químicos
Enquanto observam o lançar de fitas e bolas pelo ar
Bom mesmo é nunca deixar de sonhar

Eu como palhaço
Eu como malabarista
Eu chamado de bêbado, na verdade equilibrista
Eu ganho uns trocados
Sei muito bem de onde vim
Vim para ficar
Na memória, na história, na estrada

Uma hora todo mundo volta pra casa

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