terça-feira, 3 de novembro de 2015

poesias para crianças

Vou rir sim
Quando seus miolos explodirem
Quando os cabelos caírem
E os vermes consumirem
O que não te resta
Você não presta
Do dedão até a testa
Até a vida te acha indigesta
A única coisa que a morte respeita
É a espera
De te ver na sarjeta
Escondido como sujeira por debaixo do tapete
Apodrecendo
Tão rápido quanto foguete
Não vamos deixar nada de bom
Só destruição
O demônio conhecido por nação
Jesus foi embora antes da festa acabar
O sangue só começou a jorrar

Não vou te impressionar
Não vou falar de Jean Luc Godard
Não sei fazer selfie
Não sou alto astral
Não sei o que quero da vida e nem me pressiono para tal
Não vou analisar a conjuntura sociopoliticacultural
Posso te dizer que a contemporaneidade é uma merda
Que as pessoas são nojentas
Que as ruas fedem
Não vem me perguntar se eu tô bem
Porque estamos todos FUDIDOS


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