Há mais de um ano, uma pessoa disse que não tentaria me segurar com as mãos.
Bastava uma simples palavra que eu já o tinha entrelaçado nos meus dedos. Se excedesse a um segundo olhar, ele já estaria suspirando aos pés da minha cama.
Assim como uma simples palavra fazia-o ir embora.
Era uma constante busca pelo vazio completo de existir.
O controle de uma relação tão limitada às dores e aos prazeres físicos era tão pequeno que em poucos dias, sumiu. Éramos só nós dois a partir de então, procurando a todo custo nos aproximar do que nos afastava. Estávamos expostos na raríssima hora em que não queríamos exposição.
O mundo sabia mais de mim e dele do que nós mesmos.
E quem sempre iria embora mesmo? Já que não tentaria me segurar, ele apenas virou os olhos vermelhos e me disse adeus.
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